domingo, 20 de junho de 2010

Afetividade na Calçada...

De um modo ou de outro podemos estar carentes, menores abandonados à revelia do mundo. Podemos murchar no outono, murchar no inverno, murchar na primavera em flor, murchar ainda em botão, promessa de ser por falta de afeto.

Por falta de afeto, enchem-se os leitos dos hospitais, os consultórios psiquiátricos, as casas de perdição, as casas de correção, as casas de detenção. Milhares de crianças morrem por dia no mundo carentes de afeto, milhares de jovens se tornam delinqüentes, milhares de mulheres entram em depressão, milhares de homens se tornam inconseqüentes, milhares de velhinhos sucumbem por falta de afeto.

Por falta de afeto, rejeita-se a mamadeira, rejeitam-se os livros, rejeitam-se as normas da sociedade, os valores morais e espirituais, rejeita-se o mundo, rejeita-se a vida. Por falta de afeto atrofia-se o coração, à mente, o cérebro atrofiam-se.

Morremos todos, a cada instante, a míngua de afeto. De nada valem as descobertas científicas, o avanço tecnológico, se não redescobrimos o homem na sua essência, se não tecermos com fios de ternura, um manto que lhe agasalhe a alma tiritante de frio, se não lhe alimentarmos o espírito faminto de carícias quentes.

A afetividade, assim como o conhecimento que estabelecemos com o mundo, só se constrói através da vivência.

Cabe portanto a você despertar nas pessoas, em si mesmo e no mundo as potencialidades do coração.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. O HUMANO é o SER mais "lindo", mais "feio", mais indecifrável e mais cheio de afetos que existe. Nossa grande dificuldade é transferir esse afeto ao outro que muitas vezes o possui e não o vê.
    "...carentes, menores abandonados a revelia do mundo..."
    24 de junho de 2010 16:26

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